Fala CIDADÃO

domingo, 6 de março de 2011

Alvorada precisa é de mudanças na gestão e não de conluios políticos


Na última sexta-feira, 04/03, recebi um telefonema do editor do Jornal de Alvorada, Alexandre Ramos, perguntando novamente a minha opinião sobre as reiteradas notícias de que o Prefeito Brum, ofensivamente, busca atrair o PT para a sua base.

E, mais uma vez, eu disse que não tem a menor possibilidade de o PT ingressar no governo municipal.

O resultado democrático das eleições de 2008 incumbiu ao PT de Alvorada a missão de fiscalizar os atos da administração local; de fazer a crítica construtiva e propositiva; e de estar ao lado das lutas da comunidade. Desse modo estamos contribuindo com a cidade, inclusive ajudando a articular a vinda de recursos do Governo Federal e Estadual.

E para que fique bem claro, em relação às eleições de 2012, pensamos que a administração do Município precisa de mudanças: isso porque a cidade sofre com alagamentos frequentes; muitas ruas estão em condição deplorável; lixo esparramado em praças e terrenos baldios; faltam médicos e remédios nos postos de saúde; não existe nenhuma creche pública etc.

Portanto, não adianta o Prefeito ampliar a oferta de Secretarias e de outros cargos na administração municipal. O PT de Alvorada não está à venda; não haverá conluio; o nosso posicionamento crítico em relação a essa gestão não está condicionado a negociações de qualquer natureza.
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4 comentários:

  1. Como é sempre melhor pecar pelo excesso do que pela falta, insisto que essa posição política é irresponsável, imatura e contraditória.

    Justifico a contradição: seguindo tua linha de argumentação, quem faz a 'compra' politica é tão degradante quanto quem 'se vende'. Nesse caso, o que dizer dos governos Lula, Dilma e Tarso?

    Irresponsável porque não se ganha eleições sem coalizões que incluam partidos fortes e expressivos. E não adianta vir com o papo sobre 'o projeto', porque se ele efetivamente existe, onde ele está? Em última análise, o principal objetivo de participar de eleições é vencer. Ou o partido tem pelo menos um milhão de reais para jogar fora?

    Enfim, remeto ao tema da maturidade política porque, ao que parece, pouco aprendizado os partidos (não só o PT) tem se beneficiado com as avaliações de processos eleitorais anteriores e, principalmente, com as derrotas; lamentável. Abraço, Marcito.

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  2. Discordo totalmente do teu comentário, Marcito.

    Contradições muitas vezes ocorrem na política. Mas algumas são inconcebíveis. E, na boa, penso que a maior contradição seria o PT de Alvorada se aliar ao Brum.

    Nosso posicionamento político responde ao que pensa a maioria dos filiados e militantes do PT. No meu caso, responde também aos meus eleitores e - acredito - ao interesse público. Portanto, não há falar em irresponsabilidade.

    O Governo Lula, mesmo ostentando históricos elevados índices de popularidade, jamais foi unânime; sempre conviveu com oposição. E não há nenhum problema nisso. Quanto mais em se tratando de Alvorada, onde em muitas áreas da gestão local o quadro é caótico (para dizer o mínimo).

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  3. Que bom que discorda, Marcus... só assim a gente cresce.

    Sei bem da tua posição. Parto do pressuposto de que quem se vende é tão ruim quanto quem se deixa vender. E não se trata, necessariamente, de 'se vender' ao Brum. Trata-se, antes de tudo, de manter posição isolacionista (ou "hegemônica" ou "purista") ou não. Matematicamente ela leva a derrotas nas urnas, na certa - esse é o sentido do meu alerta. Não compor com o Brum agora é legítimo, mas pense em 2012: é uma oportunidade de ouro que pode estar surgindo.

    Sobre a regra da maioria, lembro que em vários momentos ela produziu desastres e resultados anti-democráticos - falo de demência coletiva. Infelizmente é um vício nossa esquerda apelar a tantos assembleísmos... afinal, se a maioria da militância e dos teus eleitores decidisse que tu deveria tomar veneno, tu faria? Duvido.

    Aliás, se dependesse do voto de maioria, nem Lula, nem Tarso e menos ainda a Dilma inaugurariam um padrão de governo, e que é bem claro. Não se trata meramente de convivência, mas que inclui o loteamento de cargos e ministérios. É o 'custo' para governar.

    Que o governo Lula sempre foi controverso é fato. Mas a popularidade é do Lula, quase nunca foi do governo. Aliás, tão grande que conseguiu eleger uma candidata bem ruinzinha, que tremia na televisão nos debates com o Serra. A economia estava bem, ela passou fácil - nem precisou apresentar ou ter projeto algum.

    É verdade que no município o quadro é altamente caótico em certas áreas. Mas como compor governo? Nepotismo cruzado? Trazendo gente de fora? Na educação já tivemos experiência assim, e os resultados não foram tão bons assim... complicado.

    Bueno, escrevi demais. Ainda devo comentário daquele artigo do professor que, segundo já me disseram, não gosta de dar aula e só quer saber de 'governar', rs. Fica para amanhã ou nos próximos dias, ok? Abraço, Marcito.

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