Operação Cartola: Algumas verdades sobre o envolvimento do Prefeito Carlos Brum nesse escândalo de corrupção

O governo Brum, através do próprio Prefeito e de alguns de seus apaniguados, traz seguidamente a pauta da Operação Cartola, com a alegação de que "tudo não passa de politicagem" etc.

APURAR OS FATOS O GOVERNO MUNICIPAL NÃO QUER, tanto que usou a maioria parlamentar fisiológica e comprometida que tem na Câmara para impedir a formação da CPI.

Mas, absurdamente, Brum e seus asseclas tentam o tempo todo desqualificar com mentiras o trabalho da Polícia e do Ministério Público. Então, contra essas mentiras, nos cabe repor algumas VERDADES sobre esse escândalo de corrupção na Prefeitura de Alvorada.

Em primeiro lugar, existe farta comprovação de crimes contra a administração pública, segundo a Polícia, praticados em conluio entre a empresa PPG e agentes do Município de Alvorada, envolvendo cifras milionárias.

Além disso, a Polícia entendeu que há elementos de prova apontando inclusive o envolvimento do Prefeito Carlos Brum, e por isso o inquérito foi deslocado para a 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, devido ao foro privilegiado (Proc. nº 70045240017).

No meu ponto de vista, o fato do Prefeito ter mantido o contrato com a PPG, mesmo após todo esse escândalo se tornar público, é mais um sério indicativo de que o vínculo de Brum com essa empresa é muito suspeito.

E estamos falando de uma empresa que nos últimos anos faturou mais de R$ 10 milhões dos cofres públicos do Município. É muito dinheiro! E já há comprovação inequívoca de fraudes, superfaturamentos e propinas. Então, o fato de Brum ter decido manter esse contrato é um escândalo por si só - tão ou mais gritante que o teor já divulgado das interceptações telefônicas realizadas pela Polícia com autorização judicial.

Aliás, o Prefeito deveria se manifestar mais claramente, por exemplo, a respeito da conversa interceptada entre Adyr Barbora Nogueira (diretor da PPG) e o então Secretário-Geral do PTB de Alvorada (partido político de Brum) em que ambos interlocutores falam sobre o pagamento de uma dívida de campanha do Prefeito no valor de R$ 42.000,00 (quarenta e dois mil reais).

Talvez o Fonseca, conhecido dirigente do Partido Verde em Alvorada, possa prestar alguma informação útil às investigações.

Quem sabe o Prefeito, em vez de apenas ficar tentando desqualificar genericamente toda a investigação, possa explicar por que o Sr. Pedro Luis Cabral Nunes (cunhado de Carlos Brum / casado com Meriane Brum) tinha empenho da Prefeitura no valor de R$ 29.663,24 (vinte e nove mil, seiscentos e sessenta e três reais com vinte e quatro centavos), sendo que a empresa do cunhado do Prefeito já estaria baixada na Secretaria Estadual da Fazenda desde o ano de 2008.

Por que um outro empenho foi emitido para a empresa do cunhado do Prefeito, no valor de R$ 5.787,60 (cinco mil, setecentos e oitenta e sete reais com sessenta centavos) para aquisição de "brinquedos pedagógicos" se o ramo de atuação da tal empresa é "produtos alimentícios"?

Ou seja, há muitas ilicitudes na Prefeitura de Alvorada que precisam ser esclarecidas, para que sejam adotadas as providências corretivas que se fizerem necessárias.

Por tudo isso, reitero total apoio à Operação Cartola, à Polícia Civil, ao Ministério Público Estadual e ao Ministério Público de Contas. Confio em uma análise coerente dos fatos pelo Poder Judiciário, com justiça e firmeza, punindo os responsáveis e assegurando o ressarcimento ao Município desses valores que foram desviados.

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