É mais um fato extremamente grave no contexto da Operação Cartola. Lembrando que em julho do ano passado a Prefeitura foi cercada pela Polícia para o cumprimento de mandados judiciais de busca e apreensão; em dezembro de 2011 o Poder Judiciário decretou a indisponibilidade de bens do prefeito; neste ano, Carlos Brum foi intimado a prestar depoimento à Polícia e ao Ministério Público e em ambas as ocasiões resolveu permanecer em silêncio; e agora há esse pedido de prisão contra o Chefe do Poder Executivo Municipal de Alvorada.
À imprensa, a única manifestação de Brum é a ridícula alegação de que se trataria de perseguição política. Nos autos do inquérito, grife-se, o prefeito resolveu permanecer em silêncio.
Contudo, há fartos elementos de prova indicando que a empresa PPG (que recebeu mais de R$ 10 milhões do cofres municipais) superfaturava produtos e serviços, e pagava propinas. Há interceptações telefônicas, documentos apreendidos, testemunhas, perícias etc. Portanto, não cola esse papinho furado de perseguição.
É necessário, isto sim, que a Polícia, o Ministério Público e o Poder Judiciário garantam a responsabilização de todas as pessoas envolvidas nesse escândalo, inclusive do prefeito, observando o contraditório, a ampla defesa e o devido processo legal.
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