O "novo" horário da Prefeitura de Alvorada

Sob o argumento de contenção de despesas a Prefeitura está trabalhando apenas meio turno. Mas não há novidade alguma nessa medida, porque ela já havia sido aplicada no governo Appolo (1993-1996).

Quando Stela assumiu o Governo Municipal em 1997, restabeleceu o funcionamento normal da Prefeitura (manhã e tarde).

É inegável que a medida reeditada por Brum representa uma diminuição da oferta de serviços e de atendimento à Comunidade. Para o prefeito, economizar significa atender menos. Mas por óbvio ele jamais diria isso numa eleição.

Todavia, o maior absurdo é que na prática não ocorrerá economia alguma. Até porque de fato não haverá diminuição do número abusivo de CC´s (cargos comissionados de indicação política). Os CC´s apenas vão trabalhar menos e ganhar a mesma coisa (altos salários, diga-se de passagem).

Economia de verdade no setor público se faz racionalizando as despesas e investindo nas efetivas prioridades. E isso somente é possível com participação popular, o que nem de longe ocorre no governo Brum.

Do ponto de vista do funcionalismo público, como bandeira de luta atual da classe trabalhadora, via de regra apóio a redução de jornada de trabalho com manutenção dos salários. No entanto, no caso da Prefeitura de Alvorada, existem muitas irregularidades que precisam ser resolvidas, sob pena de prejudicarem os próprios trabalhadores. Primeiro, a carga horária do funcionalismo público é definida em lei. E Brum não aprovou tais alterações por Lei Municipal, mas, sim, por Decreto, o que é totalmente precário e irregular. Depois, há vários servidores sendo lesados na prática, porque os funcionários da Secretaria de Saúde e da Educação ficaram excluídos da nova carga horária. E isso caracteriza discriminação, pois agora trabalham mais, ganhando a mesma coisa que os outros.

Brum diz que essas medidas valem apenas por 90 dias. Duvido.